A calvície (alopecia) é muito mais comum nos homens que nas mulheres. No entanto a queixa de “queda de cabelo” se houve mais no meio feminino. Isso porque a perda capilar na mulher é muito mais estigmatizada, ou seja, não tem a mesma relação com a calvície no homem, a angústia na mulher é muito maior e deve ser valorizada.
Existem vários tipos de calvície. A mais comum é a alopecia androgenética, vista principalmente nos homens. Temos ainda a alopécia areata (também chamada de pelada, peladeira, etc), cuja característica é a perda súbita de uma pequena área de cabelo. Além disso podemos citar a alopecia cicatricial, do envelhecimento (ocorre raleamento do cabelo) e outras menos comuns.
A calvície e queda de cabelo podem ter inúmeras causas: genética, envelhecimento, doenças sistêmicas (que afetam todo o organismo), alguns medicamentos (drogas antineoplásicas por exemplo), Stress, desnutrição, pós-parto, etc.
Uma causa muito comum de queda de cabelo, principalmente nas mulheres é diminuição da Ferritina. A ferritina é uma proteína localizada principalmente no fígado, cuja função principal é armazenar ferro para o organismo. Sua dosagem considerada normal pelos exames laboratoriais varia de 7 a 120 mg/l (micrograma por litro) de sangue. Porém quando sua dosagem está abaixo de 60 microgramas ocorre queda de cabelo. Isso é um detalhe que muitos médicos desconhecem.
A calvície clássica masculina é rara na mulher, isso se deve ao hormônio masculino, a testosterona, que embora tenha na mulher – e é de extrema importância – os níveis dele no homem são muito superiores.
A maioria dos tipos de calvície ou alopecia não tem cura. Por razões diversas, o tratamento de queda de cabelo na mulher tende a ser mais eficiente que nos homens, exatamente por causa da baixa presença de testosterona no sexo feminino. A alopecia areata, na maioria dos caso tem um bom tratamento, chegando à cura, na grande maioria das vezes.
Dentre os meios de tratamento usa-se o minoxidil tópico em diversas concentrações, mas nem todas as pessoas respondem à sua aplicação. A finasterida oral também pode estimular o crescimento de cabelo, mas só pode ser usada por homens. Na alopecia areata a aplicação de corticóides tem geralmente bons resultados. Atualmente alguns autores têm usado a Carboxiterapia, mas ainda carece de maiores observações.
O tratamento mais eficiente é o transplante capilar, com técnicas atualmente bastante eficientes. Essa eficiência é bem maior naquelas pessoas cujos folículos pilosos estão bem ativos ainda, por isso é de suma importância o tratamento tradicional contínuo para manter esses folículos bem ativos para um futuro transplante, se for a opção da pessoa.
Atualmente estão sendo usadas “próteses capilares”, que tem um efeito estético muito bom e bastante natural, mas que carece de uma manutenção constante. É algo bem diferente de uma peruca tradicional, que continua tendo boas indicações, principalmente para as mulheres.